Clubhouse: para quem gosta de uma boa conversa

Você já deve ter escutado por aí que tem um novo app ganhando espaço entre seus amigos e colegas de trabalho. Ou, se tiver um pouco mais de sorte, deve ter recebido um convite aleatório para explorar a novidade sem muita informação do que estava rolando.

O Clubhouse está entre nós e a verdade é que você, possivelmente, vai ouvir mais dele nos próximos dias. E sim, estamos falando de uma nova rede social. A diferença é que ela traz a proposta de se comunicar somente por voz.

Então é um podcast?

Não. É como se as reuniões do Zoom se misturassem com a linguagem dos podcasts, dando espaço para quem quiser entrar e participar das conversas.

Será que voltamos no tempo e estamos abrindo salas de bate-papo de novo?

Mais do que isso. Nós aprendemos com outras experiências e vivenciamos outras perspectivas que o mundo digital vem compartilhando, além de ainda estarmos tentando manter contato com os nossos interesses sem precisar sair de casa.

No app, você pode encontrar três tipos de salas:

  • Públicas: aquelas que qualquer membro pode entrar
  • Sociais: salas menores e restritas às pessoas que o criador da sala segue
  • Privadas: opção em que o usuário pode controlar quem entra ou sai.

Todas as interações acontecem por áudio, ao vivo. Por enquanto, não existe meio de se comunicar por fotos ou vídeos. Também não é possível gravar os debates.

Um dos pontos de destaque é que o Clubhouse apresenta conversas passageiras e que “somem” assim que as salas são fechadas.

Outro ponto que merece crédito é que a rede social tem suas defesas mais simplificadas contra trolls, fakes e canceladores, facilitando conversas mais reais e saudáveis. Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi e Forbes Under 30, diz que foi um dos primeiros usuários do Brasil a ter sua conta criada e tem sua opinião sobre o assunto:

“No Clubhouse, você não pode se esconder atrás de uma máscara de fake. Se alguém ingressa em uma sala para contribuir com ações negativas, seja um troll ou um hater, as pessoas podem expulsar e bloquear o usuário. Além disso, esse fato de ser uma responsabilidade fiduciária cria um efeito de rede de confiabilidade, já que a pessoa que indicou o hater é banida também.”

Agora explicando que tudo pode ficar mais interessante, alguns usuários já esbarraram com grandes nomes em algumas salas públicas, como Oprah Winfrey, Ashton Kutcher, Zara Larsson e até Mark Zuckerberg.

Imagina só encontrar alguém que você admira muito em uma dessas salas?

Pensando na linha do tempo, a plataforma foi lançada no ano passado, mas ganhou a atenção do mainstream tem poucos dias. Em janeiro deste ano, a Andreessen Horowitz, uma empresa americana de capital de risco, anunciou o investimento na Clubhouse, fundada por Paul Davison e Rohan Seth. E talvez tenha sido isso que atraiu a atenção de muitas pessoas no Silicon Valley.

Logo depois do anúncio do investimento, Elon Musk, responsável da Tesla e o homem mais rico do mundo, entrou numa sala do Clubhouse e conversou com alguns usuários, incluindo Marc Andreessen, um dos fundadores da Andreessen Horowitz.
Musk falou sobre colonizar Marte, viagens espaciais, inteligência artificial e até sobre as vacinas contra a COVID-19. A sala, então, chegou ao seu limite, atingindo 5.000 pessoas.
E ainda teve gente que foi acompanhar a discussão num streaming que surgiu no YouTube.

Talvez tenha sido até um tipo de estratégia….

Falando de números, a rede social não para de crescer. Até dezembro de 2020 contava com cerca de 600 mil usuários, mas depois do último dia 5, deu um salto para mais de 6 milhões de usuários, segundo informações da Backlinko (consultoria especializada em estratégias e treinamento de SEO).

Então, se você utiliza o sistema iOS, já pode correr atrás dos seus convites e descobrir um ambiente para novas conversas.
Se você tem um sistema Android, falta pouco! Os desenvolvedores da startup já informaram que vão começar a trabalhar na versão Android em breve.

E aí? Já tem um assunto em mente para abrir sua sala no Clubhouse?


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